Reinaldo

Sérgio Cabral reage bem ao rompimento com o PT no Rio e fecha acordo com PSD, SDD e PDT

Carlos Lupi do PDT foi uma das alternativas de Cabral para  suprir a ausência do PT na chapa de Pezão
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), reagiu ao rompimento do PT com o PMDB no Estado e fechou aliança com o PSD, o Solidariedade (SDD) e o PDT em torno da candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) a governador. Depois de cinco dias do acerto com o PDT, a filha do presidente nacional do partido, Carlos Lupi, a pedagoga Clarissa Rocha Lupi, foi nomeada para a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp).

Clarissa ocupará cargo de assistente, em função comissionada DAS-6, com salário de R$ 3 mil mensais, no gabinete do conselheiro Carlos Correia, ex-secretário-geral do PDT-RJ. Lupi nega que a nomeação da filha tenha relação com negociações políticas. "A agência é comandada por pessoas que têm mandato, que nomeiam os assessores, não tem nada a ver com o governo do Estado. Tudo vem em cima de mim", reclamou.

Em nota, a Agetransp diz que "foi criada sob forma de autarquia especial da administração indireta, com plena autonomia administrativa, técnica e financeira" e que cada conselheiro pode nomear até quatro assessores. Os conselheiros são nomeados pelo governador. O PDT já tem duas secretarias no governo Cabral e condicionou o apoio a Pezão a uma vaga na chapa majoritária. Segundo Lupi, Cabral aceitou a condição e o mais provável é que um pedetista seja o candidato a vice de Pezão.

O SDD ficou com a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, cargo que o deputado estadual Pedro Fernandes ocupará por apenas dois meses. Em abril, Fernandes deixará o governo para disputar a reeleição na Assembleia Legislativa. O PSD recebeu a Secretaria do Ambiente, entregue ao ex-deputado Indio da Costa, que ainda não decidiu se também deixará o cargo em abril para disputar um mandato eletivo. As duas pastas eram ocupadas por petistas até o fim da aliança PMDB-PT.

Tanto o SDD quanto o PDT e o PSD tinham sido procurados pelo pré-candidato do PT ao governo, Lindbergh Farias, que agora vê reduzidas as opções de aliança. "O governo tem atrativos que nós não temos, os argumentos materiais são mais sedutores que os políticos e programáticos", provoca o presidente do PT-RJ, Washington Quaquá. Com adesão dos partidos à candidatura de Pezão, o PT procura avançar no diálogo com o PC do B, que lançou a pré-candidatura ao governo da deputada Jandira Feghali.
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